terça-feira, 26 de maio de 2009

"A história me absolverá."

Antes da revolução de 1959, Cuba estava sob forte influência dos Estados Unidos. As indústrias, como as de açúcar, e os serviços, como a hotelaria, eram dominados pelos americanos. A influência estendia-se também à política, com a imposição do presidente Fulgêncio Batista. A sociedade cubana sofria de uma desigualdade social muito elevada: grande parte da população vivia num estado de pobreza. Todo este contexto social e económico, aliado à necessidade de independência dos Estados Unidos, levou à formação do movimento de libertação.

Este movimento teve uma duração muito curta: a 26 de Julho de 1953, saiu fracassado o ataque feito ao quartel de Moncada, em Santiago de Cuba, onde se encontravam detidos muitos opositores ao regime. Dezenas de combatentes foram feitos prisioneiros, muitos deles morreram. Depois deste acontecimento, a ditadura de Fulgêncio Batista foi reposta. No entanto, o desejo de uma revolução não foi esquecido, antes se fortaleceu alicerçando o Movimento Revolucionário 26 de Julho liderado por Fidel Castro e seus companheiros, que agrupava os elementos mais combativos dos estudantes universitários. Foram várias as acções de protesto contra o regime.

Os revolucionários refugiaram-se na Sierra Maestra e prepararam-se para o derrube armado da ditadura. A acção militar coordenada em várias frentes, os exageros de autoritarismo de Fulgencio Baptista, levam a que os Estados Unidos lhe retirem apoio e à vitória dos revolucionários. No dia 1 de Janeiro de 1959 Batista é forçado a abandonar o país.

Após a revolução bem sucedida, o governo revolucionário começou com o processo da separação dos Estados Unidos, a todos os níveis. Por exemplo: as praias, antes privadas puseram-se à disposição do povo, as grandes propriedades e empresas foram nacionalizadas. Um marco importante neste processo seria a Lei de Reforma Agrária, aprovada em 17 de Maio, que nacionalizava todas as propriedades de mais de 420 hectares de extensão, e entregava a propriedade da terra a dezenas de milhares de camponeses.

Por outro lado, a expurga levada a cabo pelo novo regime com o julgamento sumário dos apoiantes de Batista e de muitos moderados, as nacionalizações, perfilavam um regime socialista o que levou ao exílio de milhares de cubanos para os Estados Unidos, onde se vai formar um movimento anti- revolucionário. A acção deste movimento foi responsável por tentativas falhadas de deposição do líder Fidel Castro.

Uma das situações mais dramáticas foi a derrota na Baía dos Porcos, de milícias cubanas treinadas para a invasão da ilha. Devido a esta derrota, Estados Unidos não conseguiram esmagar a Revolução Cubana. A aproximação à URSS, no contexto dos grandes blocos mundiais foi uma questão de sobrevivência para o regime de Fidel Castro. Um marco importante, no contexto da Guerra Fria foi a crise dos mísseis em Outubro de 1962 quando a URSS, decidiu instalar mísseis nucleares em Cuba, os EUA efectuaram um bloqueio naval à ilha e a URSS desistiu do projecto. Os Estados Unidos responderam com um bloqueio económico que dura até aos nossos dias.


(o texto deste vídeo encontra-se em português do brasil)

Para mais informações sobre a vida de Fidel Castro:

http://www.suapesquisa.com/biografias/fidel_castro.htm

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